Inflação: alta geral de preços derivada de distorções
existentes entre a procura dos produtos e a oferta de bens, a quantidade de
moeda que circula e a produção/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens
não correspondente à procura dos compradores capazes de pagar, estes últimos,
para conseguirem as mercadorias, sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os
preços. Em geral, a inflação tem origem na necessidade de criar meios de
pagamento suplementares através, por exemplo, da emissão de papel-moeda. Tal
pode ser devido, entre outros fatores, a um défice orçamental crónico ou a um
aumento geral dos salários sem um correspondente aumento da produção.
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação
prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por
enfatizar:
o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do
poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
a identificação do Estado com o Partido Comunista,
considerado a vanguarda do proletariado;
o recurso à força e à violência na concretização da ditadura
do proletariado.
Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e
marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à
Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e
dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em
fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a
legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Ditadura do proletariado: segundo a teoria marxista, é a
etapa por que deve passar a revolução socialista antes da edificação do comunismo.
A ditadura do proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime
burguês, possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade
social.
Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução
proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela
extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.
Centralismo democrático: princípio básico que norteia a
organização do Partido e do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos
dirigentes são eleitos de baixo para cima, enquanto as suas decisões são de
cumprimento obrigatório para as bases.
Anomia social: ausência de um conjunto de normas consistente
e genericamente aceite pelo grupo social. A anomia pressupõe a fragilidade e a
relativização dos valores que ditam a conduta dos indivíduos. É uma
característica das sociedades atuais em que as mudanças rápidas impedem a
consolidação de um código social rígido.
Feminismo: movimento de contestação e luta empreendido pelas
mulheres com vista ao fim da sua situação de dependência e inferioridade
relativamente ao sexo masculino. As reivindicações do movimento feminista
centram-se, pois, na igualdade (jurídica, social, económica, intelectual e
política) entre os dois sexos.
Relativismo: abordagem científico-filosófica que admite a
impossibilidade do conhecimento absoluto e acredita que o conhecimento depende
das condições do tempo, do meio e do sujeito que conhece.
Psicanálise: ciência psicológica criada por Sigmund Freud
que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o psiquismo), um método de
pesquisa e um processo terapêutico. A psicanálise abriu à Psicologia um novo
campo de fenómenos (o inconsciente), através do qual procura explicar
comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.
Modernismo: movimento cultural das primeiras décadas do
século XX que revolucionou as artes plásticas, a arquitetura, a literatura e a
música, estendendo-se também às restantes manifestações culturais. O modernismo
reivindica a liberdade de criação estética repudiando todos os constrangimentos,
em especial os preceitos académicos.
Vanguarda cultural: movimento inovador no campo artístico,
literário ou em qualquer outra área da cultura que rejeita os cânones
estabelecidos e antecipa tendências posteriores.
Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa,
iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor
na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos,
negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se
por volta de 1908.
Expressionismo: no sentido lato, designa as formas
artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido
restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do
século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a
representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole
psicológica e social.
Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque,
cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção
ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo
geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o
cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).
Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema
ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata
procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e
culturais dos espectadores.
Futurismo: movimento artístico criado pelo escritor F.
Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e
pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular
admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.
Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa
todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em
1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança,
cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a
espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes
movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop
Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio
de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no
movimento surrealista.
Surrealismo: movimento estético iniciado em França, em 1924,
que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura,
à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como
mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para
expressar a realidade interior do artista.
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