12.10.2013
Conceitos Módulo 7 Unidade 2
Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações
financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos
papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em
outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação económica, geralmente de crise,
caracterizada por uma diminuição dos preços, do investimento e da procura,
acompanhada de uma progressão do desemprego. Frequentemente, são os estados que
originam essa situação no intuito de combater a inflação dos meios de
pagamento, a especulação e a alta de preços. Para o efeito, diminuem a
quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema político, no qual o poder se
concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo ao Estado o controlo da
vida social e individual.
Fascismo: sistema político instaurado por Mussolini na
Itália, a partir de 1922. Profundamente ditatorial, totalitário e repressivo, o
fascismo suprimiu as liberdades individuais e coletivas, defendeu a supremacia
do Estado, o culto de chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e
o imperialismo. Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes
totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema político instaurado por Hitler na Alemanha
a partir de 1933. Para além de perfilhar os princípios ideológicos do fascismo,
distinguiu-se pelo racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade
biológica e espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao
Estado nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação da raça superior, libertando-a do contacto
com os elementos impuros - daí as perseguições aos judeus -, mas também a sua
expansão - donde a teoria do "espaço vital" e o imperialismo alemão.
Corporativismo: forma de organização socioeconómica que
aceita a propriedade privada, mas estabelece como necessária a intervenção do
Estado no sentido de tomar aquela socialmente útil. Para tal, defende a
constituição de corpos profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e
serviços, que conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz
e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Propaganda: conjunto de meios destinados a influenciar a
opinião pública. Nos estados totalitários, a propaganda procura inculcar nas
massas a sua ideologia e os seus valores culturais e morais. Entre os meios
utilizados, citam-se os discursos, a imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o
cinema, a televisão, marchas, canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Antissemitismo: termo que, do ponto de vista linguístico,
significa hostilidade aos judeus. Do ponto de vista histórico, as perseguições
antissemitas relacionam-se com o triunfo da religião cristã (os judeus não
reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades
judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras
epidemias, os judeus eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de
envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos
("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos
XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países
europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça
inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno
século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Genocídio: política praticada por um governo visando a
eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos, económicos ou políticos.
Embora a História tenha registado uma grande quantidade de genocídios, foram os
regimes totalitários que levaram a extremos indiscutíveis a prática do
genocídio. O genocídio judaico durante a Segunda Guerra Mundial é também
apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah (catástrofe).
Intervencionismo: papel ativo desempenhado pelo Estado no
conjunto das atividades económicas a fim de corrigir os danos ou os
inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita do liberalismo económico.
Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre os salários, na legislação
do trabalho e social. O intervencionismo esteve também na origem da
participação do Estado como empresário e produtor de serviços públicos. Entre
estes, contam-se a produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro,
os correios, os telefones.
New Deal: literalmente, significa nova distribuição e é a
ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as reformas e iniciativas económicas e
sociais implementadas pelo presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a
partir de 1933, para ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa
forte intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na
atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível salarial e o
dos preços, na desvalorização do dólar e numa política intensiva do comércio
externo.
Cultura de massas: conjunto de manifestações culturais
partilhado pela maioria da população. A cultura de massas é difundida pelos
mass media e típica das sociedades industriais do século XX.
Media: palavra inglesa que designa os meios de comunicação
de grande impacto. Os mass media (meios de comunicação de massas) dirigem-se a
um público vasto, heterogéneo e disperso.
Estandardização de comportamentos: uniformização das
condutas individuais segundo um padrão socialmente aceite. Em termos
sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário da massificação social e
cultural que caracteriza o século XX.
Funcionalismo: conjunto de soluções arquitetónicas
inovadoras que marca o início de uma arquitetura verdadeiramente moderna. O
funcionalismo une estreitamente a forma e a função numa economia de custos e
racionalidade de linhas, pondo em evidência a estrutura volumétrica dos
edifícios.
Realismo socialista: «Arte oficial» da União Soviética,
estabelecida no período estalinista. Definida por Andrei Jdanov, em 1934, como
a «descrição da realidade na sua dinâmica revolucionária», o realismo
socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo suscitar a sua adesão ao
regime. Os temas remetem geralmente para o mundo proletário e a vida feliz dos
trabalhadores na sociedade socialista.
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Conceitos Módulo 7 Unidade 2
Conceitos Módulo 7 Unidade 1
Inflação: alta geral de preços derivada de distorções
existentes entre a procura dos produtos e a oferta de bens, a quantidade de
moeda que circula e a produção/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens
não correspondente à procura dos compradores capazes de pagar, estes últimos,
para conseguirem as mercadorias, sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os
preços. Em geral, a inflação tem origem na necessidade de criar meios de
pagamento suplementares através, por exemplo, da emissão de papel-moeda. Tal
pode ser devido, entre outros fatores, a um défice orçamental crónico ou a um
aumento geral dos salários sem um correspondente aumento da produção.
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação
prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por
enfatizar:
o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do
poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
a identificação do Estado com o Partido Comunista,
considerado a vanguarda do proletariado;
o recurso à força e à violência na concretização da ditadura
do proletariado.
Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e
marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à
Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e
dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em
fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a
legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Ditadura do proletariado: segundo a teoria marxista, é a
etapa por que deve passar a revolução socialista antes da edificação do comunismo.
A ditadura do proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime
burguês, possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade
social.
Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução
proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela
extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.
Centralismo democrático: princípio básico que norteia a
organização do Partido e do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos
dirigentes são eleitos de baixo para cima, enquanto as suas decisões são de
cumprimento obrigatório para as bases.
Anomia social: ausência de um conjunto de normas consistente
e genericamente aceite pelo grupo social. A anomia pressupõe a fragilidade e a
relativização dos valores que ditam a conduta dos indivíduos. É uma
característica das sociedades atuais em que as mudanças rápidas impedem a
consolidação de um código social rígido.
Feminismo: movimento de contestação e luta empreendido pelas
mulheres com vista ao fim da sua situação de dependência e inferioridade
relativamente ao sexo masculino. As reivindicações do movimento feminista
centram-se, pois, na igualdade (jurídica, social, económica, intelectual e
política) entre os dois sexos.
Relativismo: abordagem científico-filosófica que admite a
impossibilidade do conhecimento absoluto e acredita que o conhecimento depende
das condições do tempo, do meio e do sujeito que conhece.
Psicanálise: ciência psicológica criada por Sigmund Freud
que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o psiquismo), um método de
pesquisa e um processo terapêutico. A psicanálise abriu à Psicologia um novo
campo de fenómenos (o inconsciente), através do qual procura explicar
comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.
Modernismo: movimento cultural das primeiras décadas do
século XX que revolucionou as artes plásticas, a arquitetura, a literatura e a
música, estendendo-se também às restantes manifestações culturais. O modernismo
reivindica a liberdade de criação estética repudiando todos os constrangimentos,
em especial os preceitos académicos.
Vanguarda cultural: movimento inovador no campo artístico,
literário ou em qualquer outra área da cultura que rejeita os cânones
estabelecidos e antecipa tendências posteriores.
Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa,
iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor
na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos,
negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se
por volta de 1908.
Expressionismo: no sentido lato, designa as formas
artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido
restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do
século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a
representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole
psicológica e social.
Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque,
cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção
ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo
geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o
cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).
Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema
ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata
procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e
culturais dos espectadores.
Futurismo: movimento artístico criado pelo escritor F.
Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e
pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular
admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.
Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa
todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em
1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança,
cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a
espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes
movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop
Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio
de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no
movimento surrealista.
Surrealismo: movimento estético iniciado em França, em 1924,
que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura,
à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como
mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para
expressar a realidade interior do artista.
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